O que o mercado esperava acabou se confirmando. Todo o varejo sentiu a puxada de freio que a operação on-line vem enfrentando nos últimos meses, como mostram os relatórios de resultados das varejistas de bens duráveis publicados na semana passada. Mas aquilo que acabou surpreendendo, e não estava nas projeções, pode ajudar a dar algum vigor ao ano,
Ao se considerar os números do segundo trimestre, as vendas transacionadas pelas plataformas do Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza e Via avançaram 5,9%, para R$ 45,45 bilhões, sendo que as lojas físicas cresceram 14,4%, para R$ 12,84 bilhões – puxadas, especialmente, pelo desempenho de Lojas Americanas e Via (Casas Bahia e Ponto Frio). Redes de moda também mostraram aceleração maior no ponto físico.
O cliente, ao perceber esse movimento, volta a buscar ofertas no ponto físico, onde há possibilidade de negociar preços e condições. Em junho, o fluxo de clientes cresceu 16% em loja de rua e 21% em shoppings sobre 2021, segundo dados da empresa de venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.