O consumo começou fraco nesse ano, mesmo nos setores mais resilientes, como o varejista. Uma possível melhora gradual só deve se tornar mais aparente a partir de março ou abril. Embora janeiro seja um período mais quente há anos, as promoções aumentaram o tráfego de clientes, o comercio de eletrônicos, tecnologia, moda e materiais de construção caem logo após a primeira semana de queima do estoque.
Esse status levou o setor de varejo a entrar em meio a incertezas e maior risco de investimento pelo terceiro ano consecutivo. Espera-se que os gastos se concentrem mais na divisão digital – ainda sistemas e logística – e se expandam em cima das lojas físicas. “Essas redes terão que frear a expansão”, diz executivo de uma rede de eletromóveis.
Após o lançamento da variante ômicron, a redução do movimento de pessoas nas lojas físicas e o aumento das mortes por covid-19, além de um cenário macroeconômico difícil – inflação alta e juros de dois dígitos – impactaram o planejamento da primeira metade. Goldman Sachs vê novo ‘risco temporário de vento contrário para as lojas’ no país em relatório.
Sem contabilizar a inflação, a estabilidade de janeiro (0,2%) deverá ser o mês mais fraco do primeiro semestre do ano em relação a 2021, enquanto fevereiro recua 0,3% em relação ao mesmo mês de 2021. Este é o índice de vendas (IAV/IDV) medido por antecedentes, que foi descontinuado durante a pandemia e agora está sendo reestudado. Em março, a área de negócios de redes afiliadas deverá aumentar 11,4% ano a ano em termos nominais.